A busca pelo emagrecimento a qualquer custo é cada vez mais comum entre homens e mulheres de todas as idades. Todavia, muitas vezes, para tentar alcançar esse objetivo, os caminhos escolhidos são prejudiciais ao organismo, como explica Danielle Toledo, nutricionista da Conexa, ecossistema digital de saúde integral, líder na América Latina.
A adoção de um comportamento alimentar com dietas rígidas, pílulas milagrosas, chás, cremes anti-gordura, uso de injeções, diuréticos e mudanças drásticas é motivada pelo desejo de pertencimento social, com vistas à percepção de uma autoimagem positiva. “Muitos não se preocupam com as consequências ruins, desde que sua aparência se encaixe no ideário contemporâneo”, diz a nutricionista. Confira os erros mais comuns que as pessoas cometem ao buscar emagrecer:
1. Não entender os limites do corpo
Segundo Danielle, durante o emagrecimento, é preciso entender muito bem os processos e limites do corpo. Muitas vezes, métodos que parecem nítidos e rápidos para perder peso não são tão eficazes assim. Contar calorias e fazer dietas líquidas, por exemplo, são atitudes que podem atrapalhar – e muito – os planos de quem deseja diminuir o número do manequim.
“Para emagrecer com saúde, é necessário buscar o equilíbrio alimentar, respeitando a própria individualidade, sem se render a milagres ou supostas fórmulas mágicas. As pessoas buscam imediatismo, mas é necessário tempo, paciência e constância no processo de emagrecimento”, afirma a nutricionista.
2. Não planejar refeições e não cuidar do sono
De acordo a nutricionista, é importante, ao longo do processo, definir objetivos realistas, fazer planejamento das refeições, entender os sinais de fome vs. saciedade, praticar atividades físicas e cuidar da qualidade do sono.
3. Uso inadequado de suplementos
Os suplementos apresentam diversas finalidades. “Eles servem para emagrecer, engordar, ganhar massa muscular e aumentar a imunidade. Em uma só prateleira, é possível encontrar uma infinidade de suplementos que prometem uma vida mais saudável e cuidadosa, mas engana-se quem pensa que a saúde se resolve apenas com um bocado de cápsulas”, alerta a nutricionista.
Com papel de complementar a dieta e compensar possíveis deficiências de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo, os suplementos “jamais poderão substituir uma refeição com alimentos naturais, porque seu papel é sempre o de coadjuvante”, alerta.
O consumo de suplementos tem crescido nos últimos anos no Brasil. Porém, apesar dos benefícios, é preciso ter atenção quanto aos possíveis riscos atrelados a sua utilização. A nutricionista Danielle Toledo explica que a suplementação só se torna importante em uma dieta a partir do momento em que não se consegue atingir pelos alimentos macronutrientes, micronutrientes e fitoquímicos necessários para o bom funcionamento do organismo. Uma dieta bem elaborada dificilmente vai necessitar ser complementada com suplementação.
4. Falta de orientação especializada
O acompanhamento de um nutricionista é primordial para identificar se há necessidades reais de uso da suplementação e, caso necessário, seja feita uma prescrição de maneira correta, evitando assim problemas futuros. “Nem todo mundo pode, nem precisa usar os suplementos. Somente o acompanhamento nutricional e os exames de rotina vão apontar ou não a necessidade, seja por deficiência ou por outros objetivos”, afirma.
Por Adriana David
Fonte: Jovem Pan Read More