A pintura de paredes vai muito além da mera aplicação de cor. Com técnicas variadas, a execução pode transformar os espaços em ambientes únicos e cheios de personalidade. Portanto, a preparação adequada da superfície antes de aplicar a tinta, especialmente quando se busca efeitos especiais, é crucial para alcançar resultados de alta qualidade e durabilidade. Esse processo inclui etapas que asseguram uma superfície lisa, uniforme e ideal, seja para cobertura padrão ou trabalhos mais elaborados.
“Sem o nivelamento para a aderência adequada da tinta, a parede ficará com um acabamento desigual e insatisfatório”, explica a arquiteta Isabella Nalon, do escritório que leva seu nome. Ela também destaca que esses cuidados são fundamentais para evitar problemas como mofo, manchas, infiltrações, descamação, falta de uniformidade e outras imperfeições.
A seguir, acompanhe as orientações compartilhadas pela profissional em cinco passos essenciais para preparar a parede antes da pintura.
1. Passos básicos
De acordo com arquiteta, o primeiro passo é avaliar o estado da parede. Se ela nunca foi pintada, a recomendação é promover a aplicação de um selador que fechará os poros e ajudará no rendimento da tinta.
“Superfícies porosas ou de elevada absorção como blocos de concreto, gesso e tijolos precisam de uma demão de fundo reparador para criar uma barreira que diminuirá a absorção e um maior gasto de tinta”, orienta Isabella Nalon. No cenário oposto, quando a parede carrega demãos antigas de tinta, é fundamental realizar o processo de remoção dessas camadas para, só então, dar continuidade ao trabalho.
2. Nivelando a superfície
Nivelar e reparar danos visíveis como rachaduras, buracos ou descamação da pintura anterior é outra fase importante no processo de manipulação da parede. Para tanto, o trabalho é efetuado com lixas manuais – vale analisar o número de acordo com a demanda –, lixadeiras elétricas e espátulas que assegurarão uma superfície limpa, estável e sem imperfeições.
Segundo Isabella Nalon, rachaduras, buracos e bolhas de ar causadas por umidade, poeira ou reboco fraco precisam ser devidamente tratadas. “Na gestão da obra, analisamos se a questão será melhor resolvida com argamassa, gesso, massa acrílica, corrida ou outros recursos como os conhecidos sela-trincas”, enumera.
3. Escolhendo o tipo certo de tinta para formar efeitos especiais
Conforme explica a arquiteta, a atmosfera que se deseja transmitir em cada espaço se mostra como fator determinante. O intuito é entregar diferentes sensações que vão desde familiaridade, aconchego, sofisticação, rusticidade ou modernidade, expressos por meio de texturas, cores e brilhos de materiais como mármore, concreto ou aço escovado, entre outras possibilidades.
4. Técnicas básicas para criar efeitos especiais
A execução envolve uma variedade de técnicas eficientes e transformadoras. Como exemplo, pode-se citar o emprego de esponja ou pano como meio de gerar texturas suaves e irregulares com uma cor base para, na sequência, inserir uma segunda cor de forma aleatória.
Outra alternativa trazida pela profissional é o estêncil, opção popular para aplicar padrões intrincados e repetitivos em técnicas de marmorização ou o esfumaçado com gradientes suaves. “O recomendado é sempre seguir as regras dos fabricantes de tintas e contratar um pintor especialista naquele efeito. Nem sempre uma mesma pessoa conta com todas as aptidões“, alerta Isabella Nalon.
5. Atenção pós-pintura
Após a conclusão da pintura, a profissional ressalta algumas precauções essenciais para preservar a durabilidade e a beleza do acabamento. Dessa forma, ela aconselha evitar batidas com objetos ou móveis, manter a parede livre de umidade excessiva e protegê-la da exposição direta à luz solar.
Quanto a limpeza, indica-se um pano seco e, se necessário, uma esponja macia com detergente neutro e transparente para não danificar o acabamento.
Por Leonardo Sandoval
Fonte: Jovem Pan Read More