4 perigos do consumo de energético para a saúde

4 perigos do consumo de energético para a saúde

As bebidas energéticas, também conhecidas como energéticos, são produtos geralmente consumidos para aumentar o estado de alerta, melhorar o desempenho físico ou combater o cansaço. No entanto, o consumo dessas bebidas pode ter efeitos significativos sobre o coração. Entre os impactos possíveis, estão o aumento da frequência cardíaca, arritmias, hipertensão arterial, a chamada “síndrome do coração partido” e até complicações cardiovasculares mais graves.

Esses efeitos são mais frequentes quando o consumo é excessivo ou frequente. Segundo especialistas, isso ocorre porque os energéticos possuem altos níveis de cafeína — variando de 80 a 160 mg por unidade, dependendo da marca — e outros compostos como a taurina, que também influenciam o sistema cardiovascular e potencializam os riscos à saúde.

A Inspirali, ecossistema de educação médica, convidou a Dra. Juliana Filgueiras Medeiros, cardiologista e professora na Universidade São Judas Tadeu, para explicar sobre os perigos do consumo de energéticos para a saúde. Confira!

1. Energético pode fazer mal para a saúde

O energético, quando consumido em excesso ou em uma frequência irregular, pode fazer mal para a saúde, pois a bebida geralmente concentra altas doses de cafeína e açúcar, que podem afetar o coração, aumentando a pressão arterial e causando taquicardia. Em alguns casos, pode até provocar arritmia como fibrilação atrial. Se a pessoa tem algum problema cardíaco, ou se é muito ansioso e/ou tem insônia, o ideal é evitar.

2. Efeitos colaterais do energético

Os efeitos colaterais das bebidas energéticas podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns dos mais comuns incluem: insônia, aumento da pressão arterial, aumento das arritmias, batimentos cardíacos irregulares, piora da ansiedade e dor de cabeça.

Em casos extremos, pode causar crise convulsiva, desidratação e tem relatos até de parada cardíaca, mas não é tão comum. Depende muito da dose que a pessoa consome. Geralmente, para o paciente ter uma parada cardíaca, está associado com o uso de drogas ou bebida alcoólica.

Os energéticos podem prejudicar a qualidade do sono Imagem: New Africa | Shutterstock

3. Quem não deve consumir energéticos

Pacientes com problemas cardíacos, como hipertensos, portadores de arritmias cardíacas e de insuficiência cardíaca, a recomendação é evitar energéticos. Quem tem crise de ansiedade ou de pânico precisa evitar o consumo, porque a bebida pode piorar esses quadros. Quem tem distúrbio de sono, como insônia ou dificuldade para dormir, o energético vai atrapalhar o sono e, consequentemente, a pessoa acordará mais cansada.

Crianças e adolescentes não devem consumir porque ainda estão em desenvolvimento do sistema nervoso, e existe o risco de dependência, principalmente com cafeína. Portanto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia de Pediatria não recomenda o uso energético para menores de 18 anos.

Para gestantes e quem amamenta também recomenda-se evitar porque a cafeína atravessa a placenta e pode afetar o bebê. Para idosos também não é recomendado, pois podem ter efeitos colaterais como tontura, arritmia, pressão alta ou queda da pressão. 

É importante que as pessoas estejam cientes desses potenciais efeitos colaterais e considerem moderar o consumo de bebidas energéticas, especialmente se tiverem condições de saúde pré-existentes. Consultar um profissional de saúde é sempre uma boa prática se houver preocupações sobre o consumo.

4. Perigos do consumo diário de energético

Não é recomendado tomar energético diariamente. Mas, em caso de consumo diário, pode ocorrer uma dependência da cafeína ou até abstinência. Além disso, pode causar dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração, já que o organismo se acostuma e vai precisar de uma dose cada vez maior de energético para sentir o efeito.

Consequentemente, isso pode sobrecarregar o coração porque terá um aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, podendo induzir arritmias graves ou até insuficiência cardíaca. Além disso, a bebida deixará o cérebro em estado de alerta o tempo todo, causando dificuldade para dormir e cansaço no dia seguinte. Com isso, a pessoa vai tomar mais energético, gerando um ciclo vicioso.

Como os energéticos têm muito açúcar, a pessoa pode ganhar peso, podendo levar ao risco de diabetes. Ainda, metabolizar a cafeína em excesso pode gerar uma hepatopatia, ou seja, uma sobrecarga do fígado. Tomar energético pode parecer inofensivo, mas o uso crônico pode ser prejudicial. O ideal é, se for tomar, que seja com moderação e em situações específicas, além de não misturar com álcool.

Por Juliana Antunes

Fonte: Jovem Pan Read More

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