O final do ano é marcado por atividades intermináveis e compromissos que ocupam toda a agenda semanal. Por esse motivo, o período fora de casa acaba se prolongando, e quem pode sofrer com essa ausência são os animais. É o que explica Aline Quintela, médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unime Lauro de Freitas.
Segundo a especialista, a alteração de rotina e a ausência do tutor podem abalar animal emocionalmente. “Tanto cães quanto gatos sofrem bastante com a ausência do tutor, assim como com a modificação da rotina!”, explica.
O importante, conforme ela explica, é não deixar o animal sozinho. “Sabemos que nem sempre é possível levar o pet em uma viagem de férias; sendo assim, o ideal é pensar nisso com antecedência e planejar quem ficará com o animal; ou ainda buscar um hotelzinho de confiança”, recomenda.
Sinais de estresse
Aline Quintela aponta que animais mais sensíveis podem sentir mais intensamente a separação do tutor e demonstrar sinais como recusa da alimentação, isolamento, apatia, destruição de móveis e brinquedos, agressividade e até depressão. Por isso, quanto mais cedo o pet for acostumado a essas situações, melhor ele tende a aceitá-las.
“Em todos os casos, é importante que [o animal] tenha um período de preparo e adaptação para acostumar o bichinho com o responsável temporário, e isso deve ocorrer o quanto antes para minimizar o estresse”, ressalta.
Opções de cuidadores
Alguém responsável, que conheça o animal e possa cuidar dele com carinho e amor na ausência dos tutores é o ideal; se for um membro da família, melhor ainda, mas as creches também podem ser uma saída.
“Atualmente, existem excelentes opções como creches e hotéis para pets, que permitem que os cães interajam, brinquem e fiquem assistidos 24h por dia, como se estivessem em suas casas. Para gatos, uma boa opção é a contratação de uma cat-sitter, que vai à casa dos tutores, alimentam, brincam, limpam as caixas dos bichanos, passam tempo com eles, mas não tiram os gatos de casa, pois mudanças na rotina sempre são motivos de estresse para felinos”, explica Aline Quintela.
Deixando o pet sozinho
Quanto ao período aceitável para deixar o pet sozinho, a veterinária destaca que é preciso atenção. “Não é indicado deixar o animal sozinho por muito tempo. Costuma-se dizer que gatos são mais independentes e, de certa forma, é verdade. Mas, mesmo assim, eles não devem ficar sozinhos em casa por um dia inteiro, pois precisam de reposição constante de água e comida, limpeza da caixa de areia, além de atenção e carinho. Os cães não devem passar mais do que 8 horas sozinhos, pois facilmente se entediam e podem criar hábitos ruins, como latidos excessivos e destruição de móveis e objetos”, completa.
Planejamento é essencial
Se planejar roteiros, gastos essenciais e looks para a viagem de fim de ano já estão entre as tarefas para curtir as férias, planejar quem cuidará do seu pet também deve ser um tópico importante nessa lista. Isso permitirá que o tempo de descanso seja aproveitado sem qualquer preocupação.
Por Camila Souza Crepaldi
Fonte: Jovem Pan Read More