Vejas as causas e os sintomas da labilidade emocional

Vejas as causas e os sintomas da labilidade emocional

Você já se sentiu como se suas emoções estivessem em uma montanha-russa, alternando rapidamente entre alegria, tristeza, raiva e euforia, sem motivo aparente? Essa instabilidade emocional pode ser um reflexo de labilidade emocional, problema mais comum do que se imagina e que afeta significativamente o dia a dia.

“A labilidade emocional se manifesta por meio de mudanças repentinas e intensas no humor, com transições rápidas entre sentimentos, muitas vezes sem uma razão aparente ou com uma explicação que parece desproporcional à situação”, explica Vagner Vinicius Moraes de Araújo, psicólogo do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS.

Essa condição pode afetar vários aspectos da vida de uma pessoa, incluindo autoimagem e autoestima, além de causar dificuldade para tomar decisões, no desempenho profissional, nos relacionamentos e na interação social. “As variações rápidas de humor tendem a criar um ambiente instável, tanto para quem vivencia a condição quanto para aqueles ao seu redor”, explica o psicólogo.

Sintomas da labilidade emocional

Conforme Vagner Vinicius Moraes de Araújo, a labilidade emocional pode se manifestar de diversas maneiras no cotidiano de uma pessoa. O profissional explica que os sintomas podem ser observados nas emoções, no comportamento, nos relacionamentos e até na saúde física. Veja:

  • Emoções: mudanças bruscas de humor, intensidade emocional elevada, sensibilidade exacerbada e flutuações emocionais rápidas.
  • Comportamentos: impulsividade, comportamento errático, dificuldade em manter rotinas e comportamento agressivo ou passivo-agressivo.
  • Relacionamentos: dificuldade em manter relacionamentos estáveis, conflitos frequentes, sensibilidade excessiva a crítica e dificuldade em estabelecer limites.
  • Saúde física: problemas de sono, fadiga crônica, dores de cabeça ou de estômago relacionadas ao estresse e problemas de digestão.

Causas da labilidade emocional

Segundo Vagner Vinicius Moraes de Araújo, a labilidade emocional é um fenômeno complexo, influenciado por uma combinação de fatores. O psicólogo destaca que a predisposição genética pode aumentar a vulnerabilidade, mas as experiências de vida e o ambiente também desempenham um papel decisivo. As principais causas incluem:

  • Fatores genéticos: herança genética de transtornos emocionais e variações nos genes relacionados à regulação emocional, como os genes serotoninérgicos. Desequilíbrios nos neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina também podem contribuir.
  • Fatores ambientais: traumas de infância, estresse crônico, ambientes familiares disfuncionais e isolamento social.
  • Fatores psicológicos: ansiedade e estresse, baixa autoestima, dificuldade em regular emoções e padrões de pensamentos negativos.
  • Fatores adicionais: uso de substâncias, doenças médicas como hipotireoidismo e mudanças hormonais.
A ansiedade pode contribuir significativamente para a labilidade emocional Imagem: mentalmind | Shutterstock

Influência da ansiedade, estresse e problemas neurológicos

Algumas condições de saúde também podem influenciar a labilidade emocional. “Condições como ansiedade, estresse e problemas neurológicos podem contribuir significativamente para a labilidade emocional, pois afetam diretamente a forma como o cérebro regula as emoções e como o corpo reage a estímulos emocionais”, explica Vagner Vinicius Moraes de Araújo.

  • Ansiedade: pode levar a uma hipersensibilidade emocional, dificultando a regulação das emoções e causando preocupação excessiva.
  • Estresse: o estresse crônico pode desregular o sistema nervoso, alterar os níveis hormonais e causar fadiga emocional.
  • Problemas neurológicos: lesões cerebrais, acidente cerebral vascular, doenças degenerativas e epilepsia podem afetar a regulação emocional.

Tratamento e estratégias de regulação emocional

De acordo com Vagner Vinicius Moraes de Araújo, o tratamento para labilidade emocional geralmente envolve uma combinação de terapias, medicamentos e mudanças no estilo de vida. O psicólogo ressalta que o acompanhamento de um profissional de saúde mental é fundamental e explica que as principais formas de tratamento incluem:

  • Psicoterapia: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Terapia Dialética Comportamental (TDC), Terapia Focada nas Emoções (TFE) e terapias psicanalíticas podem ajudar.
  • Medicamentos: com orientação médica, antidepressivos, estabilizadores de humor, ansiolíticos e antipsicóticos podem ser prescritos analisando cada caso.
  • Mudanças no estilo de vida: exercício físico, sono de qualidade e alimentação equilibrada têm grande impacto positivo.

Além disso, o profissional explica que estratégias como meditação, respiração profunda, diário emocional, comunicação assertiva e técnicas de gerenciamento de estresse são benéficas para este quadro. “Buscar tratamento e estratégias de regulação emocional, como a psicoterapia e técnicas de relaxamento, pode ajudar a minimizar os impactos negativos, promovendo uma maior estabilidade emocional e um melhor gerenciamento das relações e responsabilidades”, completa o psicólogo.

Por Nayara Campos

Fonte: Jovem Pan Read More

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