Veja como as doenças reumáticas afetam mais as mulheres

Veja como as doenças reumáticas afetam mais as mulheres

Embora as doenças reumáticas possam afetar pessoas de qualquer gênero, as mulheres têm uma maior tendência ao desenvolvimento dessas condições devido a uma combinação de fatores, incluindo mudanças hormonais ao longo da vida e a predisposição genética. Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), doenças autoimunes, de todos os órgãos e sistemas, afetam aproximadamente 8% da população mundial, sendo cerca de 78% mulheres.

“Os principais motivos estão atribuídos à influência dos hormônios sexuais, ao cromossomo X e a outros fatores fisiológicos. De uma forma geral, as doenças autoimunes são duas vezes mais comuns nas mulheres do que nos homens, mas essa diferença varia entre as doenças”, explica a Dra. Luiza Fuoco, reumatologista da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR). A genética também desempenha um papel fundamental na definição da suscetibilidade a doenças autoimunes.

Tipos de doenças reumáticas

As doenças reumáticas são condições que afetam as articulações, músculos, ossos e tecidos do corpo humano, e são conhecidas por sua variedade e complexidade clínica. Entre elas, destacam-se a artrite reumatoide, osteoartrite, fibromialgia, lúpus eritematoso sistêmico e espondilite anquilosante.

Sistema de defesa feminino 

A Dra. Luiza Fuoco explica que, apesar de essas doenças afetarem mais mulheres, o sistema delas de defesa é melhor que o dos homens. “Nem tudo é desvantagem. As mulheres apresentam uma melhor defesa contra infecções do que os homens. Algumas doenças autoimunes melhoram durante a gestação devido às alterações hormonais e outras alterações fisiológicas”, afirma. 

Manter uma dieta equilibrada e uma rotina de exercícios físicos pode ajudar a prevenir as doenças reumáticas Imagem: Drazen Zigic | Shutterstock

Prevenindo doenças reumáticas

Apesar de não haver nenhum tratamento preventivo específico, ter um padrão alimentar saudável, evitar o consumo de álcool, cigarro e exposição solar em excesso, praticar atividade física, manter o peso adequado, cuidar da saúde mental, ter uma boa rotina de sono podem auxiliar a ter uma vida mais saudável. Ainda, tais hábitos reduzem o risco do desenvolvimento de quadros ou desdobramentos que agravem as condições clínicas.

Atente-se aos sintomas

É importante que, ao presenciar dor e ou inchaço articular, dor ou fraqueza muscular, fadiga, febre, perda do apetite, lesões de pele, queda de cabelo persistente, as mulheres procurem uma avaliação médica. “O tratamento precoce evita e minimiza danos permanentes nos aspectos emocionais, físicos, sociais, financeiros e familiares relacionados à saúde da mulher portadora de uma doença autoimune”, alerta a reumatologista da SPR.

Importância da pesquisa

Embora a prevalência feminina em doenças autoimunes tenha sido reconhecida há mais de 100 anos, a atenção e o financiamento de pesquisa só recentemente ofereceram novas perspectivas na área. Quanto mais se pesquisa e se compreende sobre as razões para essas diferenças entre os sexos, maiores serão as possibilidades de otimizar e adequar o tratamento para as mulheres. 

Por Priscila Forgione

Fonte: Jovem Pan Read More

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